terça-feira, 24 de abril de 2012


Ideologia

O termo ideologia possui diferentes concepções que são a neutra e a critica. Contendo o sentido de conjuntos de ideias, de pensamentos, de doutrina e de visões de um indivíduo dentro de um grupo. Em contexto vários pensadores divulgaram as teorias da ideologia os quais se destacam Karl Max,Karl Mannheim, Louis Althusser, Paul Ricoeur e Nildo Viana.
Karl Max desenvolveu sua teoria sobre a ideologia tendo como principal conclusão a consciência falsa proveniente da divisão entre trabalho manual e o intelectual, ele foi o fundador do comunismo com base no seu pensamento sobre os valores ideológicos  da sociedade pregando a igualdade e junção do estado junto com o povo evitando assim o a desigualdade.Em meio de tudo isso Mark conseguiu vários adeptos  um dos que mais se destaca foi  Lenny e suas teorias que fundaram o socialismo na URSS (União Das República Socialista Soviética).

O uso crítico do termo ideologia pressupõe uma diferenciação implícita entre o que vem a ser um "conjunto qualquer de idéias sobre um determinado assunto" (concepção neutra sinônima de ideário), e o que vem a ser o "uso de ferramentas simbólicas voltadas à criação e/ou à manutenção de relações de dominação" (concepção crítica). A partir deste ponto-de-partida comum a todos os significados do termo ideologia que aderem à concepção crítica, o que se tem são variações sobre a forma e o objetivo da ideologia. A principal divergência conceitual da concepção crítica de ideologia está na necessidade ou não de que um fenômeno, para que seja ideológico, necessariamente tenha de ser ilusório, mascarador da realidade e produtor de falsa consciência. A principal convergência conceitual, por outro lado, está no pré-requisito de que para um fenômeno ser ideológico, ele necessariamente deverá colaborar na criação e/ou na manutenção de relações de dominação. Ainda, no que se refere às relações de dominação, há diferentes olhares sobre quais destas relações são alvo de fenômenos ideológicos: se apenas as relações entre classes sociais, ou também relações sociais de outras naturezas. Alguns questionamentos neste sentido possuiriam respostas diferentes a depender do autor crítico:
  • Para que algo possa ser concebido como ideológico, deve necessariamente haver ilusão, mascaramento da realidade e falsa consciência? Marx responderia que sim. Thompson responderia que estas são características possíveis, mas não necessárias, para a existência de ideologia;
  • A única dominação à qual se refere a ideologia é aquela que ocorre entre classes sociais? Marx novamente diria que sim. Thompson complementaria com uma lista de outras formas de dominação também existentes na sociedade: entre brancos e negros, entre homens e mulheres, entre adultos e crianças, entre pais/mães e filhos(as), entre chefes e subordinados, entre nativos e estrangeiros.
Para aqueles que adotam o termo ideologia segundo a concepção crítica, não faz sentido dizer: que um indivíduo ou grupo possui uma ideologia; que existem ideologias diferentes que cada um tem a sua própria ideologia; que cada partido tem uma ideologia; que existe uma ideologia dos dominados. Ideologia, pela concepção crítica, não é algo disseminável como é uma idéia ou um conjunto de idéias; ideologia, neste sentido crítico, é algo voltado à criação/manutenção de relações de dominação por meio de quaisquer instrumentos simbólicos: seja uma frase, um texto, um artigo, uma notícia, uma reportagem, uma novela, um filme, uma peça publicitária ou um discurso.
Em Ideologia e cultura moderna, John B. Thompson procurou fazer uma análise crítica sobre as formulações para o termo ideologia propostas por diferentes autores, que ele classificou segundo duas concepções: neutras e críticas. Neste sentido, Thompson considerou as formulações propostas por Destutt de Tracy, Lênin, Georg Lukács e a "formulação geral da concepção total de Mannheim" como concepções neutras de ideologia; já as formulações de Napoleão, Marx (concepções polêmica, epifenomênica e latente) e a "concepção restrita de Mannheim" viriam a ser concepções críticasde ideologia. O próprio Thompson, finalmente, ofereceu a seguinte formulação (crítica), apoiada na "concepção latente de Marx": "ideologia são as maneiras como o sentido serve para estabelecer e sustentar relações de dominação".Esta formulação proposta por Thompson é carregada de significados:
  • sentido: diz respeito a fenômenos simbólicos, que mobilizam a cognição, como uma imagem, um texto, uma música, um filme, uma narrativa; ao contrário de fenômenos materiais, que mobilizam recursos físicos, como a violência, a agressão, a guerra;
  • serve para: querendo significar que fenômenos ideológicos são fenômenos simbólicos significativos desde que (somente enquanto) eles sirvam para estabelecer e sustentar relações de dominação;
  • estabelecer: querendo significar que o sentido pode criar ativamente e instituir relações de dominação;
  • sustentar: querendo significar que o sentido pode servir para manter e reproduzir relações de dominação por meio de um contínuo processo de produção e recepção de formas simbólicas;
  • dominação: fenômeno que ocorre quando relações estabelecidas de poder são sistematicamente assimétricas, isto é, quando grupos particulares de agentes possuem poder de uma maneira permanente, e em grau significativo, permanecendo inacessível a outros agentes.
Após Marx, muitos críticos ao seu pensamento se revelaram, classificando a sua visão de mundo como historicista, o que traria uma intenção de prever a história de modo supostamente ineficiente. Exemplos desses críticos são Bohm-Bawerk, Karl Popper e Paul Johnson.

Mateus dos Reis,Série: 3º, Disciplina: Filosofia


Um comentário:

  1. Mateus,
    A Ideologia é um assunto muito interessante e que engendra discussões acaloradas e cosmovisões divergentes. Ela estará norteando e permeando muitas reflexões durante todo este ano letivo, já que nosso conteúdo programático permitirá uma conjunção de elementos desencadeadores de análi- ses onde sempre estaremos nos reportando ao pa- pel da ideologia nos movimentos sociais, na po-
    lítica,e entre outros assuntos, como veremos no
    decorrer das aulas.
    Mas, agora, gostaria de recomendar que você não
    deixe de citar a fonte de onde captou o texto,
    bem como não deixe de citar o autor do texto.
    Abraços,
    Mônica Ferreira dos Santos

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